28fev 19

VIDA DE JUDOCA COM A ATLETA IRATI MAFFRA

 

Conheci a Irati Maffra quando comecei a praticar jiu jitsu, na época a Cross Figthers, academia onde treino havia iniciado uma modalidade especial para mulheres. Mal sabia eu na época que a atleta de 40 anos, faixa marrom de “jiu”, é na verdade faixa preta de judô e bi campeã brasileira da modalidade.

Outro ponto surpreendente é que quando você conhece a Irati como a atleta dedicada, nem imagina que ela é também bacharel em tecnologia mecânica com licenciatura em matemática. Uma mulher de muitos talentos que teve que enfrentar o preconceito por ser mulher praticando um esporte majoritariamente masculino. “O preconceito já começa em casa. Ninguém te apoia (porque não é coisa de menina) no máximo às pessoas aceitam. Eu particularmente tive um pouco de dificuldade quando era adolescente por ser normalmente a única menina nos treinos. Além disso em família, nunca pude cogitar a possibilidade de seguir carreira na área. Acredito que se eu fosse homem poderia ter sido diferente”, ressalta.

 

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“Algumas pessoas acham que foco significa dizer sim para a coisa em que você irá se focar. Mas não é nada disso. Significa dizer não às centenas de outras boas idéias que existem. Você precisa selecionar cuidadosamente.” – Steve Jobs Contando os dias para dar início a mais um ano de desenvolvimento, nessa grande batalha que é a vida… Oss! Apoio: @bjjgirlsmag @kimonosconflict @fisio.franvenske #jiujitsu #bjj #jiujitsulifestyle #brazilianjiujitsu #bjjlifestyle #oss #artesuave #bjjgirls #bjjlife #jiujitsulife #bjjgirlsmag #mulheresquetreinam #adaptacao #mulheresnotatame #brownbelt #jiujitsufeminino #jiujitsuparamulheres #jiujiteiras #bjj4life #judoka

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Mas quem pensa que a falta de estimulo impediu a atleta de correr atrás de seu sonho se engana. Sua carreira teve início em 1990, e o esporte teve uma importância crucial em sua formação como pessoa. “O esporte surgiu e ressurgiu em momentos diferentes da minha vida. Na infância e adolescência teve um papel fundamental, me manteve no “caminho reto” e me ajudou a extravasar. Fui uma criança muito agitada era preciso uma válvula de escape. Posso dizer que a falta do esporte trouxe mais mudanças, já que sem ele acabei abrindo a porta para outras práticas não tão boas assim (fumar por exemplo). E já na fase adulta voltar para o esporte me ajudou a manter com uma vida mais saudável. E isso não é só para o corpo. A saúde mental é que é a mais beneficiada… uma verdadeira terapia”, conta.

 

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Para ela a principal dificuldade em ser mulher no esporte é a dificuldade que a sociedade de forma geral tem em entender que mesmo sendo mulher o esporte é positivo. “Depois de se casar e ter filho parece que o mundo entende que você não pode fazer nada por você mesma. Tem que estar em segundo plano sempre. Como se fosse um crime”, conclui.

E para quem quer iniciar em algum esporte ela deixa um recado. “Não deixe para depois. Se tiver vontade de fazer. Faça! Ignore preconceitos, medos e opiniões alheias. Sempre trago comigo a ideia de que se te tornar uma pessoa melhor é bom”, encerra.

 

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