SOBRE SE SENTIR BONITA COM A PELE QUE EU TENHO
Me lembro da primeira estria que apareceu. Eu tinha 12 anos, estava crescendo e apesar de ser magrinha estas marcas vermelhas marcavam meus quadris, em seguida, nos joelhos e coxas. Eu morria de vergonha. Mal conseguia me olhar no espelho, muito menos colocar um biquíni. Os anos foram se passando e volta e meia, quando eu precisava colocar um shorts era um caos na minha mente. Eu sofria durante dias (sente o drama!) só de pensar em aparecer com roupa de praia na frente de outras pessoas. O medo de ser julgada era maior do que o de aproveitar um dia na piscina ou na praia.
Sempre que converso com amigas sobre autoestima e se sentir bem com o próprio corpo percebo que é um sentimento comum o de constante insatisfação com a própria pele. No meu círculo de amizades não tem nenhuma mulher plena consigo mesma. A resposta mais objetiva para isso, seria porque nós crescemos vendo nas revistas, filmes e TV mulheres perfeitas, sem celulite, estrias, com o cabelo impecável, etc. E, de forma inconsciente, queremos ser iguais a elas. Não há nada de errado em querer cuidar de si mesma, fazer um tratamento estético ou mesmo emagrecer para se sentir bem. A questão é: o que te motiva? Com isso, passamos a não aceitar nossa pele, peso, aparência. O que não devia ser natural é ficar fadada a constante insatisfação com o nosso próprio corpo.
Para começar a trilhar um caminho oposto ao que vivi até hoje, tomei uma série de atitudes que, aos poucos, tem feito me sentir melhor com minha autoimagem e enxergar a beleza que tenho, que não tem que obrigatoriamente seguir nenhum padrão.
Minhas inspirações
A primeira coisa que eu fiz foi parar de seguir no Instagram perfis de “musas fitness” e outras influencers que exaltam um único tipo de beleza, muito diferente do que sou, e que vivem de dar dicas de dietas totalmente absurdas. Isso me fez perceber o quanto eu me baseava em algo inalcançável, tanto no estilo de vida, como para a minha beleza e o que eu queria vestir. Comecei a procurar perfis de garotas mais parecidas comigo, meu biotipo, pele, textura de cabelo, etc.
Acompanhar a rotina de mulheres confiantes com a sua própria aparência, ainda mais estando fora dos padrões, me fez lidar melhor com o meu reflexo no espelho. De todos os novos perfis que eu comecei a seguir, selecionei alguns, que compartilho com vocês:
RITA CARREIRA
MARIANA R
MARIANA CYRNE
NUTA VASCONCELLOS
DENISE BIDOT
NADIA ABOULHOSN
AUDREY RITCHIE
TABRIA MAJORS
DENISE MERCEDES