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A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NA ARGENTINA E SUA IMPORTÂNCIA PARA O MUNDO
A América Latina é um terreno hostil para os defensores dos direitos ao aborto e muitas brasileiras, inclusive, procuram o procedimento nos poucos países vizinhos que legalizaram a prática. Embora ainda estejamos longe de dar esse passo por motivos religiosos, a vitória da Argentina significa um avanço não só para aquela sociedade, mas no geral.
Como mulher, é importante saber que eu tenho o direito de escolha garantido. Muitas mulheres morrem em procedimentos clandestinos e não contam com apoio da família ou do Governo.
A legalização é uma abertura para muitos outros debates que o presidente Alberto Fernández, um crítico das leis tradicionais da Argentina que restringiam o aborto, vem levantando como igualdade de gênero e direitos de gays e transgêneros.
Continue lendoOPORTUNIDADE À VISTA: HABILIDADES EM PRÁTICA PARA SUPERAR A CRISE
Épocas de crises trazem muitas incertezas, mas também oportunidades. Se por um lado empresários lutam para manter seu negócio respirando por aparelhos, por outro, novos empreendedores viram uma oportunidade de complementar a renda e tirar o sonho do papel.
Conheci Thaina Sales, quando ela ainda era estudante de Gestão Empresarial, naquela época nem imaginava que ela se tornaria a fundadora da This is Brownie, e que produziria um dos brownies caseiros e personalizáveis mais deliciosos que já provei.
UM PAPO COM A BI CAMPEÃ MUNDIAL NOGI TALITA TRETA
Foi assim despretensiosamente que consegui entrevistar a Bi Campeã Mundial de Nogi, Talita Treta. Algo que eu não esperava que fosse acontecer quando comecei a treinar jiu jitsu em 2018 e ainda não conhecia os grandes nomes da modalidade feminina. Quem vê a cara de brava nem imagina o quão humilde e modesta ela é.
Quem a conheceu na adolescência talvez nem imaginasse a grande atleta que se tornaria. Gostava muito de sair, beber e brigar. No vôlei encontrava alívio para lidar com a agressividade, algo que foi interrompido ao engravidar ainda jovem. Também nesta época teve contato com outro esporte que a ajudou: o judô.
DANÇA DO VENTRE E A AUTOESTIMA FEMININA
Diante de um espelho imenso, música árabe e um lenço de quadril com diversas miçangas e pedrarias coloridas, fui sendo instruída a realizar diversos passos em sequência, que exigiam muita habilidade da minha parte – já que sou bem desengonçada – e que no final me encheu de orgulho, resultando em uma vivência muito divertida. Continue lendo
VIDA DE JUDOCA COM A ATLETA IRATI MAFFRA
Conheci a Irati Maffra quando comecei a praticar jiu jitsu, na época a Cross Figthers, academia onde treino havia iniciado uma modalidade especial para mulheres. Mal sabia eu na época que a atleta de 40 anos, faixa marrom de “jiu”, é na verdade faixa preta de judô e bi campeã brasileira da modalidade.
Outro ponto surpreendente é que quando você conhece a Irati como a atleta dedicada, nem imagina que ela é também bacharel em tecnologia mecânica com licenciatura em matemática. Uma mulher de muitos talentos que teve que enfrentar o preconceito por ser mulher praticando um esporte majoritariamente masculino. “O preconceito já começa em casa. Ninguém te apoia (porque não é coisa de menina) no máximo às pessoas aceitam. Eu particularmente tive um pouco de dificuldade quando era adolescente por ser normalmente a única menina nos treinos. Além disso em família, nunca pude cogitar a possibilidade de seguir carreira na área. Acredito que se eu fosse homem poderia ter sido diferente”, ressalta. Continue lendo
PERPÉTUAS M.C: DEFENDENDO O EMPODERAMENTO FEMININO
Quando você pensa em moto clube, uma imagem geralmente vem à mente: caras com barbas e um monte de couro montando suas motocicletas.
Vamos desafiar essa imagem. Em todo Brasil, grupos de motociclistas só para mulheres se reúnem em eventos comunitários, fazem doações para instituições de caridade, circulam por todo o mundo e geralmente mostram ao que moto não é apenas “brinquedo” para meninos. Continue lendo
A REPRESENTATIVIDADE FEMININA NO MOTOCICLISMO
O motociclismo, como esporte e hobby, tem sido historicamente dominado pelos homens. Mas há um número cada vez maior de mulheres em todo o mundo voltando-se para as duas rodas como forma de diversão ou carreira.
É o caso da Eliane Miranda, 39, corretora de seguros e representante comercial também criadora junto com a amiga pilota Vivi Vieira do perfil 2blonde_riders_ focado em motociclismo que conta com 8 mil seguidores. Continue lendo
SERÁ QUE ME ENCAIXO NOS PADRÕES LGBTQ+?
Uns meses atrás estava no Twitter quando me deparei com uma digital influencer do mundo LGBTQ+, reclamando que uma outra mina estava se queixando do fato dela não pegar mulheres gordas. Fui lá ler do que se tratava, na verdade a menina postou em um grupo fechado sobre a dificuldade de ser gorda e lésbica, porque além dos padrões impostos pela sociedade ela ainda tinha que lidar com o fato de não se encaixar no padrão lésbico de ser magra, loira, etc.
De repente isso tudo virou uma grande discussão mal interpretada onde as minas que deveriam se unir, acabaram se separando ainda mais. Tenho conversado muito com um amigo gay sobre suas inseguranças, sobre como ele se sente preterido na comunidade LGBTQ+ por não fazer parte do “padrão” considerado ideal para a maioria e como isso o impede de se aproximar de alguns caras por medo de sofrer alguma rejeição. Tudo isso me fez refletir no quanto os padrões impostos pela sociedade heteronormativa já causa angústia e que nem mesmo quem se encaixa em uma das siglas LGBTQ+ se sente plenamente à salvo disso.
Por isso, resolvi conversar com alguns membros da comunidade para entender o sentimento por trás de tantas normas e como isso afetava a autoestima e sua maneira de se relacionar com o outro. Continue lendo
SOBRE SE SENTIR BONITA COM A PELE QUE EU TENHO
Me lembro da primeira estria que apareceu. Eu tinha 12 anos, estava crescendo e apesar de ser magrinha estas marcas vermelhas marcavam meus quadris, em seguida, nos joelhos e coxas. Eu morria de vergonha. Mal conseguia me olhar no espelho, muito menos colocar um biquíni. Os anos foram se passando e volta e meia, quando eu precisava colocar um shorts era um caos na minha mente. Eu sofria durante dias (sente o drama!) só de pensar em aparecer com roupa de praia na frente de outras pessoas. O medo de ser julgada era maior do que o de aproveitar um dia na piscina ou na praia.
Sempre que converso com amigas sobre autoestima e se sentir bem com o próprio corpo percebo que é um sentimento comum o de constante insatisfação com a própria pele. No meu círculo de amizades não tem nenhuma mulher plena consigo mesma. A resposta mais objetiva para isso, seria porque nós crescemos vendo nas revistas, filmes e TV mulheres perfeitas, sem celulite, estrias, com o cabelo impecável, etc. E, de forma inconsciente, queremos ser iguais a elas. Não há nada de errado em querer cuidar de si mesma, fazer um tratamento estético ou mesmo emagrecer para se sentir bem. A questão é: o que te motiva? Com isso, passamos a não aceitar nossa pele, peso, aparência. O que não devia ser natural é ficar fadada a constante insatisfação com o nosso próprio corpo.
Para começar a trilhar um caminho oposto ao que vivi até hoje, tomei uma série de atitudes que, aos poucos, tem feito me sentir melhor com minha autoimagem e enxergar a beleza que tenho, que não tem que obrigatoriamente seguir nenhum padrão.
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